terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Deco denuncia demora na ligação do fornecimento de gás e luz

Associação de defesa dos consumidores diz que é “inadmissível uma espera de meses para a ligação de um serviço como o gás ou a electricidade”.
 A Deco entregou aos grupos parlamentares, Governo e Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) uma denúncia relativamente à demora na ligação do fornecimento de gás e electricidade nas habitações e exigiu que seja estabelecido um prazo máximo.
Em declarações à agência Lusa, Carolina Gouveia, jurista do Gabinete de Apoio ao Consumidor (GAC), adiantou que no terceiro trimestre de 2015 e no início deste ano, a Deco recebeu dezenas de reclamações relativamente à demora na ligação do fornecimento de gás e electricidade na sua nova morada.
“Já fizemos uma denúncia junto dos grupos parlamentares, do secretário de Estado da Economia e da ERSE para que exista um prazo máximo para fazer a ligação daqueles serviços após a formalização do contrato. Hoje em dia não existe nenhum prazo para o gás, nem para a electricidade”, adiantou.
Carolina Gouveia lembrou que no caso da água existe um prazo de cinco dias úteis para a ligação após formalização do contrato e acrescentou que, relativamente a este serviço, não há reclamações.
“O que nós queremos é que exista, tal como na água, um prazo máximo para a ligação para o gás e electricidade”, disse.
A jurista da DECO explicou que as queixas não são muitas (menos de cem), mas são muito graves, uma vez que é “inadmissível uma espera de meses para a ligação de um serviço como o gás ou a electricidade”.
“Tivemos casos em que as pessoas adiaram a mudança e estiveram a pagar uma renda de uma casa porque não se podiam mudar. Não estamos a falar de uma demora de dez dias, chegam a ser meses sem resposta das entidades. Muitas vezes vão empurrando o assunto de empresa para empresa”, indicou.
Carolina Gouveia contou que o consumidor actualmente pode fazer contrato do gás ou luz com várias empresas, mas depois a responsabilidade da ligação é no caso da electricidade da EDP Distribuição.
“No caso do gás depende da zona de residência, mas quase sempre é de empresas dentro do grupo Galp”, disse.
De acordo com a jurista, perante uma situação destas, o consumidor deve apresentar queixa no livro de reclamações e reencaminha a queixa para a DECO, que entra em contacto com as empresas, passando a tratar o caso com carácter urgente.
“Estamos a falar de serviços públicos essenciais. É inadmissível que as pessoas fiquem meses sem usufruir das suas casas por causa de uma ligação de gás ou electricidade”, concluiu.
fonte: Economico

Sem comentários:

Enviar um comentário