sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Tornar a casa mais ecológica - Se está a pensar em fazer obras em breve, aproveite até ao dia 30 de Novembro para concorrer aos apoios do Fundo de Eficiência Energética (FEE).

Manter a temperatura de uma casa estável não é fácil, especialmente quando o isolamento térmico das paredes e da cobertura é antigo. Por isso, se está a pensar em fazer obras em breve, aproveite até ao dia 30 de Novembro para concorrer aos apoios do Fundo de Eficiência Energética (FEE).

Mas para isso, tem de ser proprietário de uma habitação individual ou de um apartamento num prédio construído antes de 1991. 

A comparticipação do FEE pode chegar aos 50%, com um limite máximo de 1.500 euros para as coberturas e de  três mil euros para as paredes exteriores. Ao todo, foi disponibilizado um milhão de euros para esta medida.

Para concorrer, é preciso cumprir algumas exigências: a habitação tem de ter sido construída antes de 1991 e ter um certificado energético que recomende como medida de melhoria de eficiência energética, a colocação ou reforço do isolamento térmico.
Fonte: Jornal I

Home staging: Queres ter filhos felizes? A decoração pode ajudar-te (e ensinamos-te como...)

Ensinar a aproveitar e valorizar ao máximo o potencial de cada espaço e tornar as casas mais atractivas é o objectivo da rubrica quinzenal do idealista News Portugal, assegurada pela Home Staging Factory.
Queres decorar o quarto do teu filho e não sabes como? Esta semana vamos dedicar-nos ao público infantil e desafiar a sua imaginação fértil!
Na verdade, a decoração não é mais que o ato de organizar um espaço combinando diversos elementos de forma harmoniosa e funcional, de acordo com o fim a que o espaço se destina.
Quando pensamos em crianças lembramo-nos de brincadeiras, criatividade, interatividade, espontaneidade, alegria, curiosidade.
As crianças gostam acima de tudo de mexer, experimentar, criar. E os adultos mais que matar a curiosidade e a imaginação infantil, como muitas vezes acontece, devem valorizar e incentivar esta competência, ainda que por vezes isso represente trabalhos acrescidos! 
Sim, reconhecemos que deixar a criança pintar as paredes, virar o quarto ao contrário ou montar a tenda na sala pode complicar o fim do dia. Mas também sabemos que as crianças que não têm oportunidade de brincar nem de experimentar transformam-se em adultos mais amorfos, sem auto-confiança, sem espírito de iniciativa e sem criatividade.
Por isso, e para que as crianças e os adultos sejam mais felizes, vamosajudar a preparar o terreno para que as crianças possam dar largas à sua imaginação fértil no seu próprio quarto!
Primeiro temos que pensar nos hábitos, gostos e personalidade da criança. O que gosta de fazer? O que a desperta? Que medos tem? Que competências precisa mais de desenvolver? Precisa de muita cor ou já é suficientemente colorida e deve ter um ambiente mais neutro?
Dependendo da idade podes até começar por fazer este trabalho com a criança. Pergunta-lhe: como imaginas o teu quarto? Faz um desenho do teu quarto ideal.
Depois há algumas linhas orientadoras que é preciso ter em atenção, como o tamanho do quarto, o investimento que se quer fazer e adurabilidade das soluções. Deve-se arranjar soluções que se possam ir alterando à medida que a criança cresce sem que seja necessário mudar tudo ou fazer um grande investimento.
É preciso pensar ainda nas várias funções do quarto e de como podemos de forma coerente e funcional criar diferentes ambientes que sirvam os diferentes objectivos. 
1- Polivalente
O quarto da criança por norma deve ser um espaço polivalente que seja ao mesmo tempo o seu espaço de descanso, brincadeira ou de “trabalho”. Deve por isso contemplar espaços distintos ou soluções flexíveis adaptadas a várias funcionalidades.
É importante ter um recanto dedicado ao descanso, ao sono, ao ócio, à leitura. Um espaço que convide à tranquilidade e evasão. É o espaço para dormir e para sonhar.
Por outro lado, é sempre útil ter uma mesa de trabalho para dar asas à imaginação nas artes plásticas, pinturas, colagens, bricolage, trabalhos da escola, etc.
2 – Parque de Diversões interativo e desafiante
As crianças são por natureza curiosas e gostam de desafios. Não querem ter um quarto montra onde nada se possa mexer ou já esteja tudo criado.
Devemos pensar no espaço como um “parque de diversões” que dê liberdade de expressão física e mental à criança. 
Criar soluções que permitam à criança brincar às escondidas, pintar as paredes (quem não gosta?), fazer escalada ou recriar a sua própria história. E há soluções simples e baratas que fazem as delícias dos mais novos. Podes por exemplo arranjar uma moldura grande e em vez do quadro do menino da lágrima pões uma tela em branco para que o teu filho possa fazer de Picasso.
Também podes forrar uma das paredes do quarto com peças de escalada ou pendurar um baloiço no teto.
3 – Personalização
Somos a favor da personalização. A criança deve ter espaço e liberdade para poder decorar e personalizar o seu próprio quarto. Deve ter espaço para criar e recriar, decorar as paredes, mudar a decoração em último caso (claro que dentro de alguns parâmetros). Uma ideia simples é ter criar um mural para a criança personalizar – pode ser uma ardósia ou uma parede forrada a cortiça.
4 – Refúgio
Todas as crianças têm necessidade de ter o seu refúgio, o seu esconderijo. É importante que o seu quarto ou parte do quarto funcione como tal e que os adultos respeitem esse espaço. Também há soluções interessantes e fáceis de implementar que as crianças adoram, como por exemplo montar uma tenda ou aproveitar um caixote grande para fazer a “casa de brincar”.
5 – Facilidade de arrumação / Funcionalidade
Um item muito importante não só para os pais, mas também para as crianças! Os quartos devem ter soluções que permitam rápida e facilmente arrumar tudo no seu lugar e transformar o ambiente de brincadeira para ambiente de trabalho ou de dormir num ápice! Caixas para organizar e arrumar os brinquedos e gavetas e prateleiras à altura das crianças para que estas possam aprender a arrumar é fundamental.
6 – Conforto e segurança
É essencial que os quartos infantis sejam confortáveis e onde a criança se sinta e esteja segura. 
É importante ter em atenção os materiais utilizados e algumas regras de segurança para que o seu filho não esteja em perigo mas também não devemos super proteger!
No caso de fazer uma parede de escalada há que ter em atenção a idade da criança e a altura da parede. Por exemplo, opte por mobiliário funcional, lavável, sem tampos de vidro.
Almofadas e mantas tornam o ambiente mais aconchegante e cómodo, sendo ao mesmo tempo elementos que podem ser utilizados para brincar.
Acima de tudo é preciso bom senso e pensar no espaço como o ambiente da criança. Não deve ser um espaço decorado à imagem dos pais ou dos seus desejos mas sim um espaço que proporcione à criança o melhor ambiente para que ela viva o seu mundo de fantasia.
fonte : idealista news

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Não consegues pagar os teus créditos? - 3 passos para corrigires a situação.


Estamos inundados de notícias sobre o nível de endividamento dos portugueses. Recentemente saiu mais um estudo em que se afirma que o nível de incumprimento no crédito à habitação é o maior desde 2011.
Se já estás em incumprimento, ou mesmo antes de cair nesta situação, vê aqui três passos que podem ser uma importante ajuda para corrigires esta situação:
1º passo: verifica o ponto de situação de todos os teus créditos
Podes achar que é uma tarefa trabalhosa ir verificar cada um dos créditos que tens, mas não é. Felizmente que não tens de ir recolher esta informação junto de todos os bancos e/ou instituições financeiras com quem tens financiamento. Hoje em dia podes consultar esta informação de forma centralizada. Para isso basta ires ao Banco de Portugal e solicitar o mapa de Responsabilidades de Crédito. Acede a www.bportugal.pt e no menu do lado direito tens o ícone “Mapa de Responsabilidades de Crédito”. Ao clicares neste ícone vai ser solicitado o teu número de contribuinte e a senha de acesso ao portal das Finanças. Depois de estares registado é devolvido um pdf com todos os créditos que tens. 
2º passo: negoceia com os diferentes credores
A negociação com os credores pode ser feita diretamente por ti ou podes contratar consultores especializados em negociação. Para negociar as dívidas é necessário saber como funciona cada um dos credores, nomeadamente as soluções que oferecem e a documentação que é necessária para a análise de cada caso. Regra geral a documentação solicitada é muito semelhante entre eles, contudo, há alguns que têm formulários próprios que tens de solicitar para ser feita uma análise aoabrigo da legislação do PARI/PERSI. PARI significa Plano de Ação para o Risco de Incumprimento e PERSI já é para clientes que queiram Regularizar Situações de Incumprimento. Esta legislação foi criada a pensar em todos os que estão em dificuldades para cumprir com suas responsabilidades financeiras e deves aproveitar esta proteção ao devedor para corrigir situações de incumprimento.
Há diferentes soluções que podem sair do processo de negociação, nomeadamente a redução da taxa de juro, uma consolidação interna das responsabilidades junto de um credor, atribuição de períodos de carência, alargamento de prazo, entre outras soluções. O importante é estares focado em reduzir a prestação. É óbvio que muitas vezes a negociação implica que no final do contrato o crédito saia mais caro, mas a questão que deves ter em mente é que o sucesso da negociação pode ser a diferença entre cumprires, ou não, com as responsabilidades de crédito mensais. Além disso, procura sempre avaliar a poupança de um mês multiplicada por 12. Algumas pessoas não aceitam determinadas negociações porque representam “apenas” uma redução de 30 euros na prestação, mas este valor é equivalente a 360 euros num ano, o que poderá ser o valor necessário para não deixar nenhuma prestação em atraso. 
3º passo: canaliza a poupança obtida para liquidar o crédito mais caro
Deves ser muito criterioso na utilização do valor referente à poupança obtida com a negociação. O pior erro que podes cometer é utilizar essa poupança para voltar a um estilo de vida mais desafogado. Claro que o objetivo é ter maior folga orçamental, mas não te esqueças que a motivação da negociação é para acabares com as dívidas. Se após a negociação não utilizares esse dinheiro para acabares com as dívidas, provavelmente o que fizeste foi empurrar as dívidas para a frente.
O conselho que deves seguir é de canalizar o valor poupado para liquidar as dívidas com as taxas de juro mais elevadas. Imagina que após a negociação do teu crédito à habitação ficaste a usufruir de um período de carência de capital nos próximos 24 meses. O melhor que tens a fazer é utilizar o valor dessa poupança, ou pelo menos parte dele, para amortizares antecipadamente um crédito pessoal com uma taxa de juro de 15 ou 16%, ou mesmo um cartão de crédito que deverá estar com uma taxa de juro superior a 20%. Desta forma, quando terminar o período de carência e voltares a pagar a prestação mais elevada, já não tens tantas linhas de crédito a pesarem no teu orçamento familiar.
As dívidas podem e devem ser negociadas! Há mecanismos legais que te ajudam e tens empresas que podem ser tuas parceiras neste processo. Não deixes para amanhã este exercício, pois quanto mais tempo deixares passar mais difícil poderá ser uma boa negociação.
fonte: Idealista News

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Pagamento da última prestação do IMI chega este mês

 
 
Os contribuintes vão receber durante este mês a carta das Finanças para pagar a última prestação do IMI. Da mesma forma, as notas de cobrança da nova taxa de protecção civil que a Câmara de Lisboa também começar a chegar às caixas do correio daqueles que têm imóveis em Lisboa (ver caixa). O melhor é tentar poupar algum dinheiro este mês para ajudar a saldar estas duas despesas no próximo mês.

No caso do IMI, os contribuintes que tenham de pagar um imposto superior a 250 euros têm o mês de Novembro para pagar a última prestação do imposto. É que as datas de pagamento do IMI variam consoante o montante a pagar: se o valor do imposto for inferior a 250 euros, o contribuinte só tem o mês de Abril para pagar. Já se variar entre 250 e 500 euros, o imposto pode ser pago em duas vezes: Abril e Novembro. E se o imposto for superior a 500 euros, o contribuinte poderá pagar em três prestações: Abril, Julho e Novembro. 

Este ano, muitos contribuintes viram o montante a pagar agravar-se já que o cálculo já é feito sem ter em conta a chamada cláusula de salvaguarda que impedia que o IMI subisse de forma brusca. O valor de quase cinco milhões de imóveis foi revisto em 2012 e 2013, o que fez o IMI a pagar aumentar de forma significativa na maioria dos casos.

A lei prevê a aplicação de uma coima se os prazos de pagamento não forem cumpridos, mas os serviços de Finanças não costumam aplicá-la, cobrando apenas os juros de mora. A taxa dos juros de mora é definida todos os anos, sendo que para 2015 o valor estabelecido é de 5,476%. Apesar de os serviços não aplicarem a coima, ela está prevista na lei. Se o imposto for pago com atraso pode ser aplicada uma coima que varia entre 15% e metade do imposto em falta. A falta de pagamento dará ainda lugar a um processo de execução fiscal que poderá culminar em penhora.

Caso os contribuintes não consigam pagar o imposto devido nas três prestações que a lei permite (Abril, Julho e Novembro), podem requerer o pagamento em novas prestações. Contudo, este regime só está disponível passado o prazo de cobrança voluntária. Isto significa que serão acrescidos os juros e as respectivas custas.
 
Fonte: Economico

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

3 IDEIAS PARA CONSEGUIR UM JARDIM MAIS BIOLÓGICO NO OUTONO

1. Folhas mortas como cobertura

Uma tarefa que as suas plantas certamente agradecerão é a recolha das folhas caídas nas superfícies de cultivo. Muitas podem ser utilizadas para fabricar composto mas também pode cobrir as hortaliças que continuam o desenvolvimento até ao inverno. Algumas também servem para cobrir a base das flores friorentas. Se tem resíduos de relvado, uma vez que estão completamente secos, espalhe-os pelo solo que ficou a descoberto após a colheita ou a retirada de exemplares murchos. Os resíduos de relva administram nutrientes ao solo.

2. Garrafas cortadas contra o frio

Sabia que os recipientes de plástico têm muitas utilizações no jardim biológico? É verdade! Permitem apanhar insetos voadores, por exemplo. Se cortar uma garrafa ou um bidão de água, por exemplo, consegue dois elementos muito úteis. A parte superior converte-se numa câmpanula para proteger as plantas recém-plantadas e a inferior pode ser usada para colocar estacas ou sementes.

3. Daninhas na pilha do composto

Como qualquer outra planta, as daninhas absorvem nutrientes da terra que, uma vez mortas, devolvem ao se decompor. Por isso, não as desperdice. São excelentes para elaborar composto mas evite as anuais que estejam doentes ou que tenham sementes, assim como as raízes das vivazes. Depois de as arrancar, estenda-as ao sol até ficarem secas e só então as deve deitar na pilha de composto. Se preferir, pode também queimar e deitar a cinza na pilha. No primeiro caso, proporcionam azoto e no segundo, potássio.

fonte: sapo LyfeStyle

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Imobiliário volta a crescer: venda de casas deve aumentar 20% este ano

A recuperação económica, juntamente com o crescente nível de confiança e maior abertura da banca para o setor imobiliário constituíram um misto de fatores que levaram à aceleração dos preços das habitações, depois de três trimestres seguidos em queda.

Dado o cenário, “as perspetivas são positivas, pois esperamos um aumento do número de transações entre os 20% e os 25% para este ano, em relação ao ano passado”, adiantou ao Diário Económico o presidente da APEMIP, Luís Lima.

Outro fator que impulsiona as boas previsões do setor vem da banca, que não só financia cada vez mais empréstimos com valores cada vez maiores (juntamente com spreads abaixo dos 2%), como também melhorou os valores atribuídos aos imóveis.

A APEMIP sublinha também a importância do investimento estrangeiro, nomeadamente o “investimento francês, que irá ultrapassar o chinês e talvez o britânico”.
 
Fonte: Noticias ao Minuto

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Deco Alerta: Quero vender a minha casa e comprar outra. O que tenho de pagar às Finanças?

A venda e posterior compra de uma casa é o 68º tema da Deco Alerta. Destinada a todos os consumidores em Portugal, esta rubrica semanal é assegurada pela Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para o idealista/news.
Decidimos vender a nossa casa e comprar outra mais pequena. Contudo, estamos preocupados com esta decisão. Os amigos dizem-nos que teremos de pagar muito dinheiro às Finanças. Solicito que nos ajudem nesta questão: quanto terei de pagar ao Fisco pela venda da casa?
A pergunta que colocas não apresenta dificuldades na resposta. Os ganhos da venda de uma casa (destinada a habitação própria e permanente do contribuinte ou do seu agregado familiar) não são tributados se o montante obtido for reinvestido na compra de outra casa para habitação própria e permanente. Ora, e segundo o que nos relatas, este é precisamente o vosso caso. 
Todavia aproveitamos a tua pergunta para poder esclarecer os leitores que estejam a planear a venda de uma casa, mas com a decisão de não reinvestir os lucros. Neste caso, o consumidor que decida não reinvestir as mais-valias tem de saber que metade do seu valor será englobado aos seus restantes rendimentos.
No cálculo das mais-valias de imóveis, o Fisco permite deduzir os encargos com a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos cinco anos, e as despesas com a compra ou alienação. Além de obras, por exemplo, a instalação de um sistema de aquecimento pode apresentar os seguintes encargos:
  • Mediação imobiliária
  • Certificado energético
  • IMT da compra da casa vendida
  • Registos e escritura da compra da casa vendida
Em regra, o Fisco cobra imposto sobre uma parte dos rendimentos obtidos. Fica, pois, o alerta e os leitores que pretendam saber se a mais-valia com a venda da casa é tributável, podem consultar o nosso simulador.

fonte: Idealista News

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

SIL 2015: “Novo Governo tem de rever a fiscalidade do imobiliário, que é um entrave ao desenvolvimento”

O Salão Imobiliário de Portugal (SIL) 2015, maior feira imobiliária do país, arranca esta quarta-feira (dia 7) – realiza-se na FIL, em Lisboa, e termina dia 11. Luís Lima, que desde 2013 é presidente do conselho estratégico do SIL, revela, que “o investimento estrangeiro e a internacionalização continuarão a ser uma aposta” na edição deste ano.

Segundo o responsável, que também é presidente da APEMIP e da CIMLOP, continua a existir em Portugal a cultura da “casa própria”, uma tendência que deve ser invertida, “especialmente pelas novas gerações que valorizam mais a facilidade da mobilidade e as vantagens de não estar ‘preso’ a um ativo”. Ao novo Governo, e no dia após as eleições, deixa um pedido claro para dinamizar do imobiliário: "É preciso rever a fiscalidade", reclama Luís Lima, em nome do setor.
Qual a importância do SIL para o setor do imobiliário?
O SIL é a única feira representativa deste setor no país, e por isso uma oportunidade única para o promover interna e externamente. O SIL tem sido sempre um espaço privilegiado para a reflexão e debate que esta atividade merece, e aposta nas pontes com os mercados internacionais que procuram a nossa oferta, desenvolvendo deste modo uma eficaz diplomacia económica.

Disse, no ano passado, que o SIL 2014 ia ser um dos melhores dos últimos anos. E do SIL de 2015 o que se pode esperar? Que novidades haverá?
Esperamos sempre que a nova edição seja melhor que a anterior, como é natural, e para este ano tudo indica que assim será. O mercado interno tem registado uma maior dinâmica, que creio que se refletirá nesta edição, tanto no que concerne aos expositores como no número de visitantes. Daremos continuidade à estratégia da edição passada, com uma forte aposta na internacionalização do setor, com atividades que visam a promoção deste tipo de investimento, em particular por via dos programas de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold) e do Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, e também promoveremos o necessário debate sobre o futuro do setor, nomeadamente no que diz respeito aos mercados do arrendamento urbano e reabilitação urbana.

O SIL pode servir como um “mini barómetro” da Economia?
Sim, creio que podemos afirmar que o SIL é um “mini barómetro” da nossa economia. O setor imobiliário depende diretamente da situação económica do país, como é sabido. A edição deste ano contará com um maior número de expositores, esperamos também que com um maior número de visitantes, e isso significa que a confiança interna na economia está a crescer, ainda que a um ritmo tímido.

A captação de investimento estrangeiro e a internacionalização continuam a ser a grande aposta? Porquê e durante quanto tempo se justifica esta aposta?
O setor imobiliário é um dos mais importantes para o desenvolvimento económico dos países, e a nós, profissionais do setor, cabe-nos o papel de procurar sempre as opções mais viáveis e as melhores saídas para que os mercados funcionem bem, com um dinamismo positivo. O investimento estrangeiro e a internacionalização continuarão a ser uma aposta da nossa parte, e justificar-se-á enquanto registarmos interesse e procura por parte de potenciais investidores estrangeiros. Vivemos num mundo globalizado, e não tenho dúvidas de que o futuro do imobiliário passa pela profissionalização e internacionalização do setor.

Quais os principais mercados para onde agora estão orientados? 
Durante este ano e no âmbito da estratégia de internacionalização do SIL fizemos pontes com os mercados que mais procuram o nosso imobiliário, como o chinês o francês ou brasileiro, e como tal são estes os principais mercados para onde estamos orientados. Promovemos Portugal com ações em Xangai, Paris, Lyon e São Paulo, com o intuito de promover o país e a sua oferta imobiliária de qualidade.

A reabilitação urbana e o mercado de arrendamento também têm sido muito debatidos no SIL. Também será assim este ano? 
O foco principal será, como tem sido, a internacionalização, mas a reabilitação e o arrendamento continuarão também no centro do debate desta edição, até porque se conjugam com a internacionalização que será “a cereja no topo do bolo”. No que concerne ao mercado da reabilitação urbana, o paradigma mudou: da construção nova passou-se para a reabilitação, que é tão urgente quanto necessária para recuperar o nosso património construído e dinamizar as nossas cidades. O investimento neste setor tem crescido, mas ainda não é suficiente. Este é um tema consensual e é necessário insistir no seu debate, apresentando e divulgando mais e melhor os programas de apoio a esta iniciativa, como por exemplo, o “Reabilitar para Arrendar”.
Com a retoma do mercado de compra e venda há uma tendência para descurar o arrendamento, correndo este o risco de diminuir. Em Portugal continua a existir a cultura da “casa própria”, mas é necessário que esta tendência possa ser invertida, especialmente pelas novas gerações que valorizam mais a facilidade da mobilidade e as vantagens de não estar “preso” a um ativo. No entanto, continuamos a ter um mercado de arrendamento a funcionar de forma deficiente, com rendas que não são suportáveis pela generalidade das famílias devido a uma fiscalidade exagerada que deve ser revista.

A banca volta a mostrar interesse pelo setor, nomeadamente através do crédito à habitação. O que terão os bancos para oferecer ao setor e particulares no âmbito do SIL?
Os bancos têm as suas próprias estratégias, e suponho que o grosso do produto que apresentarão no SIL se focará nos ativos em que há uma maior dificuldade de escoamento, nomeadamente ativos localizados em periferias com fraca procura e ativos não-habitacionais.

As casas dos bancos continuam a ser oportunidades interessantes para investidores e particulares?
Em tempos as carteiras de ativos dos bancos foram mais interessantes. Hoje em dia, a oferta que têm disponível não vai tanto ao encontro da procura, no entanto ainda existem negócios muito interessantes, tanto para investidores como para particulares.

O SIL realiza-se numa fase em que, ao contrário de outros anos, o setor da construção parece estar mais vivo e a dar sinais de retoma. Que importância tem este fator?
Tem uma importância fulcral. O setor da construção está a melhorar, ainda que ligeiramente, acima de tudo impulsionado pelo setor imobiliário. A indústria da construção tem-se focado mais no mercado da reabilitação urbana, mas aos poucos, será necessário voltar a apostar na construção nova. No entanto, ao contrário do que acontecia no passado, temos de ir ao encontro daquilo que é a procura.

Este ano, o SIL realiza-se após as eleições Legislativas. De que forma esta “coincidência” pode afetar a organização do evento? Qual a mensagem que o setor vai passar ao novo Governo?
É natural que afete. As atenções estarão obviamente mais focadas na nova legislatura, e a candidatura eleita estará mais preocupada em compor Governo, pelo que será mais difícil colocar o imobiliário na agenda do país, como tem sido hábito nos últimos anos. A mensagem que passaremos será essencialmente o reforço da importância do setor imobiliário para a Economia e a necessidade da revisão da fiscalidade aplicada sobre o mesmo, que muitas vezes é um entrave ao desenvolvimento do setor e também do país.

Que conselhos dá a quem nunca teve oportunidade de visitar um SIL e conta conhecer este ano o evento?
O SIL é uma feira importante para quem tem interesse pelo setor imobiliário, em geral, e para quem procura também comprar, arrendar ou investir neste setor. É um salão onde poderão encontrar oportunidades, falar com os agentes do setor e esclarecer eventuais dúvidas que possam existir. Estarão representadas mediadoras imobiliárias de todo o país, o setor financeiro ou promotores, entre outros.

É desde 2013 presidente do conselho estratégico do SIL, função que acumula com a de presidente da APEMIP e da CIMLOP. É difícil conjugar estas “tarefas”? Porquê?
É complexo conjugar, especialmente porque a par delas tenho também a minha vida empresarial. O tempo é pouco, mas estes são cargos para os quais fui eleito e que assumi, pelo que dou sempre o meu melhor para conseguir conciliar todas as frentes, e creio que tenho sido capaz de fazê-lo sempre em prol da evolução do sector.

É uma das personalidades que melhor conhece o setor. O que se pode esperar do imobiliário, da construção e da mediação imobiliária em 2016?
Para este ano espera-se uma evolução do número de transações a rondar os 20%, 25%. O investimento francês deverá verificar um acréscimo relativamente ao ano passado, podendo ultrapassar os chineses e eventualmente os britânicos no top de investidores estrangeiros. É um pouco cedo, para já, para fazer perspetivas para o ano 2016. O último trimestre deste ano será importante para avaliar o que aí vem, até porque teremos eleições e uma nova legislatura que poderá tomar decisões que influenciem diretamente o rumo do setor.

Os vistos gold têm gerado muita polémica. Qual o real impato do processo de corrupção no setor imobiliário?
O programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (ARIs) foi um dos motores para a retoma do setor imobiliário. Por este motivo, podemos perceber a sua importância para a Economia: desde a sua criação, que este programa foi responsável pela captação de cerca de 1,5 mil milhões de euros para o país, valor que deve ser multiplicado por quatro ou cinco, pois estes clientes acabam por investir também noutros setores como a restauração, hotelaria, mobiliário, saúde, entre outros.
Qualquer escândalo desta natureza é prejudicial, especialmente porque influencia negativamente a perceção dos potenciais investidores. É natural que tenha havido uma retração, na medida em que o impacto mediático deste caso foi brutal, nacional e internacionalmente, mas sem as dimensões dramáticas de que se falou na altura. O pior, foi que depois da “operação labirinto” verificou-se uma desaceleração na emissão de processos, que creio que estaria relacionada com a atenção e cautela redobrada dos funcionários administrativos ao dar seguimento aos trâmites normais na emissão das ARIs. Entretanto, houve uma suspensão na atribuição de vistos, que levou à quase paragem de emissão autorizações de residência atribuídas, e isso sim, é problemático, pois leva os potenciais investidores a procurar alternativas como a vizinha Espanha, que tem inclusive um programa mais atrativo que o nosso.
A vantagem do imobiliário português em relação ao destes países é o facto de não termos vivido uma bolha imobiliária, da credibilidade dos nossos ativos e o seu efetivo potencial de valorização, mas se não transmitirmos ao mercado uma imagem de transparência e confiança, perderemos certamente grande parte da procura para os nossos concorrentes.

fonte: idealista news




quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Prestação da casa em créditos indexados à Euribor a 3 e 6 meses desce em Outubro

As prestações do crédito à habitação revistas em Outubro vão descer para os empréstimos indexados às taxas Euribor a três e a seis meses, segundo os cálculos feitos para a agência Lusa pela Deco/Dinheiro&Direitos.

Um cliente com um empréstimo à habitação no valor de 150 mil euros a 30 anos indexado à Euribor a seis meses com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1% pagará 484,87 euros em outubro, menos 4,30 euros do que o valor pago desde a última revisão, em abril.

Quanto a um crédito com valor, prazo e ‘spread’ iguais, mas em que a indexação é feita à Euribor a três meses, a prestação vai cair para os 479,91 euros, menos 1,59 euros face ao que vinha pagando desde Julho.

As taxas Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
 
Fonte: Observador