terça-feira, 19 de maio de 2015

Construção Sinais de melhoria no primeiro trimestre

No primeiro trimestre deste ano o sector da construção continuou a registar alguns sinais de melhoria, com diversos indicadores a mostrarem uma evolução favorável. “É o que sucede com o número de desempregados registados, que reduziu 22%, as insolvências de empresas, com uma diminuição de 20,6%, ou o licenciamento de obras que cresceu 6,1%”, revela o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Reis Campos acrescenta que estes números representam “uma evolução positiva que importa agora consolidar e traduzir em efeitos concretos ao nível do tecido empresarial, o qual ainda enfrenta muitos constrangimentos, tanto ao nível da falta de obras, como em matéria de acesso ao financiamento”. 

Para 2015, as perspectivas são animadoras: “As actuais estimativas apontam para uma variação positiva da produção do sector da construção de 1,5%”. A concretizar-se, “significará o fim de um ciclo de 13 anos consecutivos de perdas”. No plano do investimento, a confederação revela que os valores oficiais relativos à construção e ao valor acrescentado bruto do sector no primeiro trimestre ainda não são conhecidos, existindo apenas “uma estimativa para o PIB, que terá crescido 1,4% neste período”. No entanto, “todos os dados apontam para uma melhoria face aos valores observados no último trimestre de 2014”. 

Até ao final de Março foram celebrados contratos no valor de 209 milhões de euros em empreitadas de obras públicas, dos quais 71 milhões dizem respeito a contratos no âmbito de ajustes directos e 132 milhões a contratos celebrados em resultado de concursos de obras públicas, segundo dados do CPCI. Comparados com os do primeiro trimestre de 2014, estes dados verificam uma quebra de 28% em termos globais, que correspondem a uma variação negativa de 3% nos ajustes directos e de 31% nos concursos públicos. 

desafios O sector da construção “está num momento crucial”, afirma Reis Campos, que acrescenta existir também uma “expectativa muito grande em torno da inversão deste ciclo de profunda crise que atravessamos.” Para o presidente da CPCI, na Europa não restam dúvidas em torno do papel desta actividade em matéria de competitividade, de crescimento económico e de emprego.” Em Portugal, existem desafios que são prioritários para o futuro imediato: “É o caso da execução do QREN, que contempla 1,2 mil milhões de euros em fundos comunitários por executar, destinados a infra-estruturas e projectos de proximidade que terão de ser executados até ao final deste ano”. O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário chama também a atenção para o arranque do projecto Portugal 2020 e o processo de definição do Plano Europeu para o Investimento “o qual deverá constituir uma importante ferramenta para a dinamização da economia europeia e que tem de ser devidamente acompanhado por Portugal”.

Em matéria de captação de investimento privado, destaca a reabilitação urbana, que já foi objecto de um significativo conjunto de medidas, “designadamente, em matéria de enquadramento legislativo, mas que aguarda pela concretização do já anunciado Fundo para a Reabilitação Urbana”, que poderá atingir 2,2 mil milhões de euros.

Fonte: iOnline

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